quarta-feira, 30 de setembro de 2009

numsecrevê

vê tu crê

qué???

vê!?

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Logo assim pela manhã, é intensa e prazerosa a certeza de
não ser são,
de tanta sobriedade pouca
que me deixa a boca roxa e a voz rouca .

quando vejo-me pondo o sol por trás da mata
me nasce o crepúsculo que sou
por esta manhã tão pouco sóbria,
muito menos sombria.
arrisco-me a dizer:
que o gira mundo é uma busca de alegria.

quando levanto-me sol pela manhã
sou eu que aqueço...

mas nunca, nunca esqueço nem um dia se quer
mandar-te um raio de luz
esteja tu onde estiver

terça-feira, 1 de setembro de 2009

sumiram-se letras,

restaram palavras,

acabou-se o frio.

ficaram-se os casacos.

sumiram-se arquivos,

sobrou-se o pão.

transbordou fome.

Engoliram todos então o choro

brincaram com palavras.

O mudo suspirou

o mundo cantou

sofreu desencanto

foi desacatado em praça pública

viu-se limpo.

negro e lindo

vadio.

sem o menor sentido

como fim de imundo.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A boneca é eterna enquanto os carrinhos correm na velocidade dos sonhos de seu irmão.
Maria e João.
Uma menina que quer ser moderna, brinquedo de xuxu, batata, já era.
agora é tela.

O menino quer ser bombeiro ou astronauta.

Bola de gude no recreio e figurinha depois da aula.
Brincadeira que faz falta.

E a mãe que muito esperta, sempre alerta acredita que está certa
vendo o filho video-game jogar.
Agora é tela
Seu olhar se perde, achando uma rua de terra
e embaixo de uma mangueira matando aula pra dar as mão a Zé.

Zé que pulava da mangueira depois de suas mão suarem, e brincava de pique-pega.

Luca e seu inseparavel telefone de embalagem de yogurte com fios de barbante, sempre conversando com seus amigos imáginários.

Luizia que..

"MATEI!"


"Matei!"

"matei"

...era seu filho passando de fase.


piêdro Seriêxo
você sente calafrios?
se eu soubesse que as caraminholas voam em seus pensamentos, navegam em breves olhares
e anseiam por liberdade
continuaria perdido.
sem ter um pingo de bravura.
meu desatino pede a loucura e clama por ação
prematura, ou não.
enquanto o coração sente frio
e enquanto no frio há coração, aquecemos-nos
sem que sintamos os pés gelados
sem que sintamos que passe o tempo
no apagar das velas
fica a idéia que tudo se foi assim
sem ao menos ter ido,
sem começo nem fim.


pedro & helena